Acabo de chegar da reunião na Câmara de Vereadores de Bom Sucesso. Fui até lá motivado pelas diversas manifestações ouvidas de pessoas que discordam do aumento de salário para os vereadores, prefeito e vice realizado em reunião extraordinária quinta-feira (12).
Pedi a palavra no meio da reunião, mas ela me foi dada ao final: fiz duas perguntas, uma sobre nossa proposta de ação sobre o meio ambiente apresentada na Câmara ano passado por ocasião da Campanha da Fraternidade, mas essa pergunta não vem ao caso. Perguntei também sobre o porque da aprovação, em sessão extraordinária, do novo salário dos vereadores de R$1.050,00 para R$2.500,00, quase 150%.
A resposta referiu-se ao salário de outros vereadores de outras cidades que já recebem este valor e que nosso município seria o que menos paga a seus "legisladores". O presidente da Câmara assumiu que por sua responsabilidade a reunião aconteceu em forma extraordinária, pois ele tem esse direito. O fato é que para realizar essa mudança os senhores vereadores se mobilizaram de modo exemplarmente rápido.
O povo lá reunido não aceitou essa história e insistia: a Câmara deve olhar para todas as classes. Professores e agentes de saúde estavam bem representados.
É incorente e injusto disse-lhes numa fala. De qualquer forma a decisão parece irreversível.
Uma funcionária disse abertamente: como agente de saúde ela não recebe adicional de insalubridade e seu salário não vai muito além dos R$ 620,00. E conheci a história de uma funcionária pública que registrada numa outra função exerce o trabalho de professora e, por isso não recebeu o reajuste de 22% dado aos mestres.
É isso Bom Sucesso...
Pe. Marcos André de Oliveira
